sábado, 18 de dezembro de 2010

O primeiro tratamento com células estaminais embrionárias para uma doença que pode levar à cegueira recebeu luz verde para ser ensaiado em 12 pessoas que sofrem da distrofia macular de Stargardt. O anúncio feito pela empresa norte-americana Advanced Cell Technology.

Esta doença, que causa perda progressiva da visão, declara-se normalmente entre os dez e os 20 anos. Afecta a mácula, uma zona no centro do retina onde os raios de luz se focam para formar as imagens. Nesta área há uma grande concentração de cones, células responsáveis pela visão central — que usamos quando olhamos em frente ou fazemos alguma tarefa que necessita de uma visão sensível ao pormenor, como ler, coser ou trabalhar ao computador.

Inicialmente, a degeneração da mácula vai tornar a visão distorcida, ou desfocada, mas quem já tem a doença de Stargardt há algum tempo começa a ver uma mancha à frente do seu campo de visão, que não se move, faça ela o que fizer. A visão pode deteriorar-se até um ponto em que as pessoas afectadas podem detectar movimentos mas pouco mais.

A doença de Stargardt tem origem genética e estima-se que seja hereditária em 90 por cento dos casos.

Nas próximas semanas, a empresa espera ter também autorização da Food and Drug Administration (a agência que regula o mercado dos medicamentos e dos alimentos nos Estados Unidos) para testar esta técnica no tratamento da degeneração macular relacionada com a idade, muito mais comum do que a doença de Stargardt: afecta 30 milhões de pessoas em todo o mundo.

O ensaio do tratamento desenvolvido pela empresa, pioneira na investigação sobre células estaminais embrionárias, envolve injectar nos olhos dos doentes entre 50 mil e 200 mil células da camada pigmentada da retina. “Usando células estaminais, podemos gerar uma quantidade virtualmente sem limites destas células saudáveis. Estas são as primeiras células que morrem na doença de Stargardt e noutras formas de degeneração macular”, explica Robert Lanza, o responsável científico máxico da empresa, citado num comunicado.

“Em testes feitos em ratos vimos uma melhoria de 100 por cento na performance visual, em comparação com animais que não foram tratados, e sem reacções adversas”, garante Lanza. “Esperamos poder demonstrar a segurança do tratamento, e ver que há melhoras na visão em apenas seis meses”, disse ainda, citado pela edição on-line da revista de divulgação científica New Scientist. – Público

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ratos cegos por retinopatia pigmentar, uma doença de carácter degenerativo que prejudica gravemente a retina, recuperaram a visão graças a uma terapia com células embrionárias (estaminais).

Uma equipa de pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia (E.U.A.) conseguiram o milagre substituindo células doentes da retina por células embrionárias. Os especialistas acreditam que este novo tratamento pode tornar-se numa esperança na luta contra a retinopatia pigmentar, que afecta cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo e é a principal causa de cegueira, bem como contra outras patologias semelhantes. O estudo está publicado na última edição do Trasplantation jornal.

A retinopatia pigmentar afecta especialmente as células da periferia da retina, causando a sua morte. O campo visual do paciente é consideravelmente reduzido, como se estivesse em uma espécie de "visão de túnel", de modo que tudo o que está fora do “túnel “aparece pouco nítido ou ondulado.

Esta pesquisa é promissora, uma vez que as células-tronco foram convertidas em células da retina e restauraram a visão ", explicou Stephen Tsang, professor de oftalmologia e biologia celular da Universidade de Columbia e autor do estudo. «As células transplantadas não somente se assemelharam a células da retina, mas responderam como elas."

Algumas complicações surgiram em alguns ratos, mas um quarto dos ratos no estudo conseguiu recuperar a visão. Os restantes sofreram algumas complicações, tais como tumores benignos, descolamento de retina e derrames. A sua equipa procura optimizar as técnicas para reduzir a incidência destas complicações antes de iniciar um estudo com pacientes humanos. Depois de resolvidos esses problemas, os cientistas esperam usar a técnica para combater não só a retinopatia pigmentar, mas também a degeneração macular associada à doença de Stargardt e doenças similares.

Tradução automática do espanhol. Texto original
aqui.

domingo, 7 de março de 2010


Há boas notícias no tratamento da retinopatia pigmentar. Uma terapêutica genética, que consiste na injecção na retina de um vírus geneticamente modificado para ser portador da “doença” que contagiará as células da retina danificadas com a correcção genética que transporta, está a obter bons resultados, conseguindo não apenas travar a evolução da degeneração, como ainda alguma recuperação. Esta técnica, sem contra-indicações até ao momento, está ainda em fase experimental e conta com o grande obstáculo da identificação dos genes causadores de cada uma das muitas patologias.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Robô substitui pacientes em testes de retinas artificiais

O robô é capaz de simular a "experiência visual" de uma pessoa cega que tenha recebido o implante de uma prótese visual. [Imagem: Caltech/Wolfgang Fink, Mark Tarbell]
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô que é capaz de simular a "experiência visual" de uma pessoa cega que tenha recebido o implante de uma prótese visual, como uma retina artificial, facilitando enormemente o teste dessas próteses.

Teste de retinas artificiais

Vários grupos de pesquisadores ao redor do mundo estão desenvolvendo próteses para restaurar a visão de pacientes acometidos de alguns tipos específicos de cegueira - veja Retinas artificiais aproximam-se do uso prático.

Esses projetos avançam rapidamente, mas é muito difícil testar cada pequeno incremento acrescido às retinas artificiais porque o implante real em um paciente é um processo demorado, caro e extremamente invasivo.

O robô, batizado de Cyclops, resolverá esse problema, permitindo que os cientistas melhorem suas retinas artificiais por incrementos sucessivos, somente partindo para o teste real em pacientes quando se asseguraram de terem feitos avanços significativos.

Emulador de visão

O robô consegue emular o que um paciente enxerga ao receber os impulsos visuais da retina artificial, que é, em termos gerais, um chip de silício similar ao sensor de uma câmera digital que coleta as imagens e as transforma em impulsos elétricos que são enviados para o sistema visual.

O robô Cyclops vem preencher um hiato no processo de teste dessas próteses visuais, permitindo que os pesquisadores saibam se estão no caminho certo em cada melhoria.

Hoje estes testes envolvem tanto pacientes cegos quanto pacientes com visão normal, que concordam em experimentar as limitações de uma visão mais restrita. Mas o robô poderá ser uma plataforma mais eficaz e mais barata para fazer esses testes.

Faixa preta

Os cientistas já estão usando o robô para comparar duas próteses de retina, uma com 16 pixels e outra com resolução de 50 pixels. Apesar de parecer simples, quando se trata de um implante visual, os ganhos entre as duas resoluções não são óbvios.

As duas próteses são testadas, por exemplo, fazendo o robô seguir uma linha preta traçada sobre um piso xadrez de preto e branco. Mas inúmeros testes serão possíveis, envolvendo contraste na iluminação, diferentes tipos de iluminação etc. Isto permitirá testar, além da resolução, os algoritmos de manipulação e envio dos sinais elétricos para o sistema visual.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Chip na retina consegue restaurar parte da visão

Berlim, 19 dez (EFE).- Um grupo de médicos da Universidade de Tübingen (Alemanha) conseguiu devolver parcialmente a visão de vários pacientes através da implantação de um microchip atrás da retina.

Segundo a mais recente edição da revista "Der Spiegel", graças ao microchip, os pacientes conseguiram reconhecer objetos e chegaram inclusive a ler letras grandes.

Especialmente bem-sucedido foi o experimento com um paciente finlandês de 45 anos que, em consequência de uma retinite pigmentosa, tinha perdido a visão aos 22 anos.

"Com Miika (nome do paciente), conseguimos, graças a esta prótese, ultrapassar a barreira na qual alguém legalmente não é mais considerado cego", explicou o diretor do grupo de cientistas, Eberhart Zrenner, à revista.

A prótese consiste em 1,5 mil fotocélulas instaladas em um microchip de três milímetros, que, em uma operação de quatro horas, é implantado debaixo da retina.

O chip trabalha como uma câmara digital. As fotocélulas transformam a luz em impulsos elétricos que estimulam os neurônios da retina e os transmitem ao cérebro através do nervo ocular.

"Em nenhum dos pacientes que se submeteram a este experimento tivemos problemas de rejeição", acrescentou Zrenner.
A equipe de Zrenner prevê colocar estes implantes no próximo ano em cerca de dez pacientes.

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