quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Robô substitui pacientes em testes de retinas artificiais

O robô é capaz de simular a "experiência visual" de uma pessoa cega que tenha recebido o implante de uma prótese visual. [Imagem: Caltech/Wolfgang Fink, Mark Tarbell]
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveram um robô que é capaz de simular a "experiência visual" de uma pessoa cega que tenha recebido o implante de uma prótese visual, como uma retina artificial, facilitando enormemente o teste dessas próteses.

Teste de retinas artificiais

Vários grupos de pesquisadores ao redor do mundo estão desenvolvendo próteses para restaurar a visão de pacientes acometidos de alguns tipos específicos de cegueira - veja Retinas artificiais aproximam-se do uso prático.

Esses projetos avançam rapidamente, mas é muito difícil testar cada pequeno incremento acrescido às retinas artificiais porque o implante real em um paciente é um processo demorado, caro e extremamente invasivo.

O robô, batizado de Cyclops, resolverá esse problema, permitindo que os cientistas melhorem suas retinas artificiais por incrementos sucessivos, somente partindo para o teste real em pacientes quando se asseguraram de terem feitos avanços significativos.

Emulador de visão

O robô consegue emular o que um paciente enxerga ao receber os impulsos visuais da retina artificial, que é, em termos gerais, um chip de silício similar ao sensor de uma câmera digital que coleta as imagens e as transforma em impulsos elétricos que são enviados para o sistema visual.

O robô Cyclops vem preencher um hiato no processo de teste dessas próteses visuais, permitindo que os pesquisadores saibam se estão no caminho certo em cada melhoria.

Hoje estes testes envolvem tanto pacientes cegos quanto pacientes com visão normal, que concordam em experimentar as limitações de uma visão mais restrita. Mas o robô poderá ser uma plataforma mais eficaz e mais barata para fazer esses testes.

Faixa preta

Os cientistas já estão usando o robô para comparar duas próteses de retina, uma com 16 pixels e outra com resolução de 50 pixels. Apesar de parecer simples, quando se trata de um implante visual, os ganhos entre as duas resoluções não são óbvios.

As duas próteses são testadas, por exemplo, fazendo o robô seguir uma linha preta traçada sobre um piso xadrez de preto e branco. Mas inúmeros testes serão possíveis, envolvendo contraste na iluminação, diferentes tipos de iluminação etc. Isto permitirá testar, além da resolução, os algoritmos de manipulação e envio dos sinais elétricos para o sistema visual.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Chip na retina consegue restaurar parte da visão

Berlim, 19 dez (EFE).- Um grupo de médicos da Universidade de Tübingen (Alemanha) conseguiu devolver parcialmente a visão de vários pacientes através da implantação de um microchip atrás da retina.

Segundo a mais recente edição da revista "Der Spiegel", graças ao microchip, os pacientes conseguiram reconhecer objetos e chegaram inclusive a ler letras grandes.

Especialmente bem-sucedido foi o experimento com um paciente finlandês de 45 anos que, em consequência de uma retinite pigmentosa, tinha perdido a visão aos 22 anos.

"Com Miika (nome do paciente), conseguimos, graças a esta prótese, ultrapassar a barreira na qual alguém legalmente não é mais considerado cego", explicou o diretor do grupo de cientistas, Eberhart Zrenner, à revista.

A prótese consiste em 1,5 mil fotocélulas instaladas em um microchip de três milímetros, que, em uma operação de quatro horas, é implantado debaixo da retina.

O chip trabalha como uma câmara digital. As fotocélulas transformam a luz em impulsos elétricos que estimulam os neurônios da retina e os transmitem ao cérebro através do nervo ocular.

"Em nenhum dos pacientes que se submeteram a este experimento tivemos problemas de rejeição", acrescentou Zrenner.
A equipe de Zrenner prevê colocar estes implantes no próximo ano em cerca de dez pacientes.

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